Após ter atuado como Gestor de Contratos e Pregoeiro no INMETRO/SC e como Supervisor de Licitações na FEESC/UFSC, em setembro de 2013, ingressei como analista de aquisição no SENAI/SC, no setor de licitações da Federação das Industria de Santa Catarina -FIESC
Para quem não conhece, o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, em parceria com o SESI – Serviço Social da Indústria fazem parte do Sistema S, os também chamados de Serviços Sociais Autônomos, entidades privadas que desempenham funções de natureza pública, sem finalidade lucrativa ligadas ao setor produtivo brasileiro.
No estado de Santa Catarina a Federação das Indústrias, além de representar os sindicatos integrantes, tem a competência para administrar o SESI e o SENAI, compostos por aproximadamente 10.000 colaboradores, que atuam nas questões de aprendizagem industrial e saúde do trabalhador.
Mas o que pouca gente sabe é que estas entidades vendem serviços ao setor produtivo, por meio consultorias, educação especializada, salas de tecnologia, alimentação industrial, ginástica laboral, serviços médicos e odontológicos, medicamentos, entre outros.
E para manter todo o sistema funcionando e prestar estes serviços, têm que adquirir, equipamentos, tecnologia, software, equipamentos médicos, odontológicos, equipamentos para cozinha industrial, equipamentos de informática, uniformes, entre outros, por meio de processo licitatório, regrados pelo “Regulamento de Licitações e Contratos do SESI e SENAI.
Quando iniciei os serviços dentro da FIESC, o setor de aquisições havia acabado de ser “CENTRALIZADO” com as áreas de licitação da FIESC, SESI e SENAI integrados dentro de uma mesma unidade, com políticas em comum, sob uma mesma gerência.
A centralização das aquisições e contratações trouxe uma enorme vantagem na economia processual, pois com apenas uma licitação, conseguia-se atender às 3 (três) entidades simultaneamente.
No entanto o setor carecia de outras melhorias, pois apesar do setor dispor de diversos colaboradores, quase todos faziam os mesmos procedimentos, com pouca “segregação de funções”, com o mesmo agente cuidando do processo do começo ao fim.
Além disso, tais procedimentos não possuíam uma “PADRONIZAÇÃO” e portanto, cada Edital acabava sendo diferente dos demais, gerando além de mais trabalho no setor de contratos para identificar os requisitos da minuta contratual, acabavam demorando mais tempo no setor jurídico, que precisava entender as particularidades de cada Edital de Licitação.
Isso sem falar, nos diversos pedidos de impugnação, recursos administrativos e diversas judicializações que os processos sofriam, muitas vezes atrasando a contratação ou simplesmente com a anulação dos procedimentos.
Diante disto, fui incumbido por um grande processo de padronização de objetos, termos de referência, editais, minutas contratuais, além da padronização de processos, que durou aproximadamente 2 (dois) anos trazendo enormes vantagens para o processo de planejamento e fase interna das licitações nestas entidades, tornando-se com certeza um dos melhores setores de licitação no Brasil, que falarei mais a frente.